Origem, causas e consequências da Sola Scriptura

Estabelecer as causas da Reforma Protestante não é algo simples, pois foi um conjunto de fatores que se combinaram entre si e causaram o curso dos acontecimentos. É necessário reconhecer que, para essa época, a Igreja passava por uma profunda crise, pois abundavam os abusos e a vida escandalosamente pecaminosa de alguns membros do clero católico e até da alta hierarquia. Até os nossos dias perdura a opinião majoritária de que foram estes abusos os que causaram a Reforma, e até católicos notáveis daquela época concordavam com isso1

Outros historiadores e católicos notáveis discordavam e alegavam que em outras épocas também ocorreram abusos similares ou maiores sem que isso causasse o cisma2. Mas independentemente de se este foi o principal detonador ou um dos muitos fatores que a produziram, o certo é que os reformadores tinham muito claro que as suas objeções não eram dirigidas aos abusos, mas à própria doutrina católica.

Obviamente, encontra-se nos escritos de Lutero e outros reformadores abundantes reprovações à vida e conduta do clero católico (provavelmente porque, para efeitos propagandísticos, serviam bem à sua causa), mas em muitas ocasiões reconheceram que o seu problema não eram os abusos, mas as suas objeções doutrinais.

A este respeito, escreveu Lutero:

“Eu não impugno os maus costumes, mas as doutrinas ímpias.”3

“Eu não impugnei as imoralidades e os abusos, mas a substância e a doutrina do papado.”4

“A vida é tão má entre nós como entre os próprios papistas; a questão é outra: se ensinam ou não a verdade.”5

Nas suas conversas de mesa:

“Nós vivemos mal, como vivem os papistas. Não lutamos contra os papistas por causa da vida, mas da doutrina. Pessoalmente, não digo nada sobre a sua forma de viver, mas sobre a doutrina. O meu trabalho, a minha luta, centra-se em saber se os adversários transmitem a verdadeira doutrina.”6[6]

“Por isso, mesmo que o papa fosse tão santo como São Pedro, considerá-lo-íamos ímpio e rebelar-nos-íamos contra ele.”7

“Opor-lhe-emos o Pai-Nosso e o Credo, não o Decálogo, porque em matéria de moral somos demasiado fracos.”8

Causas doutrinais da Reforma

Uma chave para encontrar as causas doutrinais da Reforma encontra-se na vida e obra dos reformadores protestantes, e em particular de quem lhe deu o seu estalido inicial: Martinho Lutero.

Por questão de espaço não é possível determo-nos a aprofundar na vida de Lutero tanto quanto gostaríamos9, por isso limitar-nos-emos a dizer que era um homem profundamente escrupuloso que vivia cheio de angústia e atormentado por se sentir incapaz de dominar as suas paixões. É assim que, sentindo-se abandonado e reprovado por Deus, vai formando o núcleo da doutrina que lhe dará consolo: se a concupiscência (que para Lutero era pecado porque não diferenciava o sentir do consentir) permanece sempre no homem por causa do pecado original, é porque a liberdade humana ou livre arbítrio está completamente corrompida10, daí que o homem não pode ser justificado intrinsecamente, mas extrinsecamente por imputação. O homem não é feito santo, mas declarado santo, permanece pecador, mas imputa-se-lhe a justiça de Cristo, daí que o homem se salve somente pela fé fiducial, que se entende como a só confiança em que a divina misericórdia remitirá os pecados pelos méritos de Jesus Cristo11. As obras e o cumprimento dos mandamentos não são necessários para a salvação, mas simplesmente consequências da fé. E é neste contexto onde nasce a doutrina conhecida como a Sola Fides ou salvação pela fé somente.

A doutrina da Sola Fé é rejeitada pelo Magistério e pela Tradição

O problema de Lutero é que os seus planteamentos chocavam não só com o ensino do Magistério da Igreja, mas com toda a Tradição eclesiástica, começando desde a Igreja primitiva até aos nossos dias.

Já desde os primeiros séculos, os cristãos entendiam que a salvação era produto da graça de Deus, mas ao mesmo tempo sustentavam que não anulava a liberdade humana, porque a graça não era irresistível.

Os Reformadores, claro, tentaram procurar no ensino dos primeiros cristãos e Padres da Igreja algum apoio aos seus planteamentos doutrinais, mas descobriram que a sua doutrina não só era uma novidade, mas que nos pontos onde não o era, tinha sido unanimemente rejeitada pelos primeiros cristãos e Padres da Igreja.

João Calvino, na sua mais célebre obra Instituição da Religião Cristã, reconhece que os primeiros pais sustentavam uma opinião diferente da sua, mas atribui isso a que seguiram em excesso os filósofos12.

San Agostinho, a quem citaram inúmeras vezes, já havia identificado mais de um milênio antes àqueles que sustentavam uma opinião semelhante à de Lutero como pessoas pouco inteligentes13[13]. As abundantes evidências que se encontram nos escritos dos primeiros Padres da Igreja, tratadas em outro lugar deste mesmo livro, o provam.

É assim que Lutero e os reformadores, para impor sua doutrina da Sola Fide, tinham previamente que derrubar tanto a autoridade do Magistério católico (como intérprete autorizado da Revelação) como a Tradição (porque também não concordavam com eles). Ao derrubar a Tradição, derrubavam também a autoridade dos Concílios Ecumênicos e pronunciamentos dogmáticos que a Igreja havia feito ao longo de toda a sua história.

O tripé fica com uma só “perna”

Até então, os cristãos haviam sustentado que a teologia devia ser formulada de acordo com três princípios: Escritura, Tradição e Magistério. A este respeito, explica o apologista James Akin:

“Os dois primeiros destes forneciam os dados necessários para conduzir investigações teológicas, enquanto o terceiro servia para formular autoritariamente a interpretação correta dos dados apresentados pelas duas fontes materiais. Assim, Escritura e Tradição serviam como princípios materiais de teologia, enquanto que o Magistério, ao permitir-nos saber com segurança o significado correto deste material, servia como um princípio formal de teologia.”14

A Tradição até então havia servido como um ponto vital de referência para conhecer como os primeiros cristãos e suas gerações posteriores haviam interpretado o conteúdo da Revelação. Era uma referência inestimável para não malinterpretar o significado original dos textos, mas sem ela este ponto de referência encontrava-se completamente ausente.

Naturalmente, era necessário para os protestantes rejeitar não somente a Tradição posterior ao século IV, ao qual atribuíam o começo da apostasia da Igreja, mas toda a Tradição, porque nela havia evidência de que as doutrinas católicas eram professadas desde muito antes. O sólido fundamento patrístico de doutrinas como o primado de Pedro, a penitência e o purgatório, entre outras, não lhes deixou outra alternativa se quisessem justificar a sua Reforma.

Era muito incômodo, porque ao evidenciar que os primeiros cristãos professavam uma fé distinta à deles, deixava-se à mostra que a sua doutrina era certamente inovadora em sentido oposto ao ensino anterior. Reconhecer isto era como colocar no peito um cartaz que dizia “falso profeta”, pois estava escrito que: “virá um tempo em que os homens não suportarão a doutrina sã, mas que, arrastados por suas próprias paixões, se farão com um montão de mestres pelo prurido de ouvir novidades.” (2 Timóteo 4,3-4)

Surge o princípio do juízo privado ou livre interpretação da Bíblia

Este foi precisamente o argumento que opuseram os católicos aos reformadores: Quem te achas tu para afirmar que sabes mais que todos os nossos predecessores juntos? Vale mais o teu próprio critério do que o da Igreja desde os seus começos? Afinal, embora Lutero pudesse alegar que aqueles eram “homens”, tinha que reconhecer que ele também o era, e foi certamente arrogante acusar a Igreja (que a mesma Bíblia chama de “coluna e fundamento da verdade”) de uma apostasia permanente, enquanto atribuía a si mesmo uma doutrina de caráter divino.

O próprio Lutero reconhece que não eram apenas os católicos que lhe faziam tal objeção, mas a sua própria consciência, a qual desde o seu interior tentava adverti-lo e o atormentava:

Mal pude assegurar ou acalmar a minha consciência com as muitas e poderosas evidências da Escritura, para poder contradizer sozinho ao Papa, e para crer nele como anticristo, aos bispos seus Apóstolos; às universidades seus bordéis. Quantas vezes o meu coração tremeu, e me repreendeu objetando-me o seu argumento mais forte e único? És tu somente o sábio e os outros erram?”15

“Uma vez (o diabo) me atormentou, e quase me estrangulou com as palavras de Paulo a Timóteo; tanto que o coração se me queria dissolver no peito: ‘Tu foste a causa de que tantos monges e monjas abandonassem os seus mosteiros’. O diabo me afastava habilmente dos textos sobre a justificação… Eu pensava: ‘Tu somente és o que ordenas estas coisas; e, se tudo fosse falso, tu serias o responsável por tantas almas que caem no inferno’. Nesta tentação cheguei a sofrer tormentos infernais até que Deus me tirou dela e me confirmou que os meus ensinamentos eram palavra de Deus e doutrina verdadeira.”16

Lutero consegue apagar assim, pelo menos em parte, estes remorsos, atribuindo-os a tentações do demônio e autoconvencendo-se de que a sua própria interpretação das Escrituras é a própria Palavra de Deus. Em 1535 escreve:

“Os Apóstolos, os Santos Padres e os seus sucessores nos deixaram estes ensinamentos; tal é o pensamento e a fé da Igreja. Ora, é impossível que Cristo tenha deixado errar a sua Igreja por tantos séculos. Tu só não sabes mais que tantos varões santos e que toda a Igreja… Quem és tu para atrever-te a dissentir de todos eles e para nos encaixar violentamente um dogma diverso? Quando Satanás urge este argumento e quase conspira com a carne e com a razão, a consciência se aterroriza e desespera, e é preciso entrar continuamente dentro de si mesmo e dizer: Ainda que os santos Cipriano, Ambrósio e Agostinho; ainda que São Pedro, São Paulo e São João; ainda que os anjos do céu te ensinem outra coisa, isto é o que sei de certo: que não ensino coisas humanas, mas divinas; ou seja, que (no negócio da salvação) tudo atribuo a Deus, aos homens nada.”17

Desta maneira chega a convencer-se a si mesmo de que toda a Igreja com todos os santos juntos podiam errar, enquanto nega essa possibilidade a si mesmo:

“Os Santos Padres, os Doutores, os concílios, a própria Virgem Maria e São José e todos os santos juntos podem equivocar-se.”18

“Estou certo de que os meus dogmas os recebi do céu. Os meus dogmas permanecerão e o papa sucumbirá.”19

Para ele não era arrogância atribuir-se tal infalibilidade e justificava dizendo “eu não valho nada; o infalível é Cristo, cuja palavra eu defendo contra todos”, ao qual, comenta acertadamente Ricardo García-Villoslada era uma “humildade nada mais que aparente, porque, ao identificar a sua própria opinião com a palavra divina, está dizendo que ele é o único a interpretar corretamente a palavra de Deus, contra a opinião de todos os Santos Padres e Doutores da Igreja e contra as decisões de todos os concílios e Sumos Pontífices.”20

O seu endurecimento chegou a ser tal que ele mesmo confessa como a diário rezava enchendo a sua boca de maldições, paradoxal para alguém que diz seguir um Evangelho que manda orar e abençoar aos que nos maldizem:

“Desejo, doravante, amaldiçoar a estes patifes e denunciá-los até o dia da minha morte, sem que jamais ouçam de mim uma só palavra boa. Que estes trovões e raios me acompanhem até ao túmulo. Não posso orar sem que ao mesmo tempo amaldiçoe. Ao dizer: Santificado seja o teu nome, tenho que acrescentar: maldito, condenado, infamado seja o nome dos papistas e todos quantos blasfemam do teu nome. Ao dizer: venha o teu reino, tenho que acrescentar: maldito, condenado, perturbado seja o papado com todos os reinos da terra que são contrários ao teu reino. Ao dizer: faça-se a tua vontade, tenho que acrescentar: malditos, condenados, desonrados e aniquilados sejam todos os pensamentos e desígnios dos papistas e de todos os que conspiram contra a tua vontade e conselho. Verdadeiramente, assim oro eu todos os dias com a boca e com o coração, ininterruptamente, e comigo todos os que creem em Cristo.”21

João Calvino, não estava exatamente menos convencido do que Lutero, e após uma longa luta para impor uma teocracia em Genebra ao estilo do antigo reino judaico e a república platónica conseguiu que o Conselho reconhecesse a sua obra como a “doutrina santa de Deus”22

É neste contexto, estando os reformadores completamente convencidos de serem os verdadeiros portadores da doutrina cristã, que surge o princípio do juízo privado ou a livre interpretação da Bíblia. Para despojar o Magistério da Igreja da autoridade para interpretar autenticamente as Escrituras, viram-se obrigados a transferi-la a cada crente de forma individual, de maneira que agora eles, podendo servir-se desse direito, pudessem dissentir da Igreja Católica e pregar a sua própria doutrina.

Os reformadores sofrem as consequências da sua própria doutrina

Mas uma vez que os reformadores transferiram a autoridade para interpretar de forma definitiva as Escrituras a cada indivíduo, depararam-se com um problema ainda maior: o mesmo princípio que eles usaram para rejeitar a autoridade da Igreja podia ser usado contra eles pelos seus próprios seguidores.

É aqui que começa a ver-se a grande contradição entre os princípios e a prática dos reformadores, porque embora continuassem a ensinar que só a Bíblia é a única regra de fé, que Deus ilumina a cada crente para julgar o seu verdadeiro sentido, que o ditame dos Santos Padres, os decretos dos concílios, e as decisões da Igreja não são mais do que palavras de homens às quais ninguém está obrigado a submeter-se, ao mesmo tempo não cessaram de celebrar sínodos, de escrever confissões de fé, condenar os erros, de excomungar a quem os sustentava. Qualquer resultado a estas deliberações carecia por completo de autoridade, já que podia ser qualificado por sua vez pelos dissidentes como “palavra de homens”.

Certo é que quando os reformadores pregaram o juízo privado, o que queriam impor era o seu próprio juízo privado. Eles sabiam que na prática não podiam manter a unidade da sua igreja se cada um definisse a doutrina por sua conta.

Isto, claro, foi-lhes apontado pelos católicos muitas vezes, porque era como sustentar que Jesus Cristo, em vez de ter estabelecido na sua Igreja um princípio de unidade, colocou nela um princípio de divisão para todos os séculos, deixando a todos os tenazes sectários a liberdade moral de formar bando à parte, quando quiserem que eles acusassem a Igreja de erro ou desordem. Daí que lhes recordassem que era ordem evangélica manter a unidade entre os cristãos, já que a Igreja é UMA:

“Conjuro-vos, irmãos, pelo nome do nosso Senhor Jesus Cristo, a que tenhais todos um mesmo falar, e não haja entre vós divisões; antes bem, estejais unidos numa mesma mentalidade e um mesmo juízo.”

“Eles vos diziam: «No fim dos tempos aparecerão homens sarcásticos que viverão segundo as suas próprias paixões ímpias.» Estes são os que criam divisões, vivem uma vida só natural sem ter o espírito.”

“Rogo-vos, irmãos, que vos guardeis dos que suscitam divisões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles.”

“Mas, acima de tudo, tende presente que nenhuma profecia da Escritura pode ser interpretada por conta própria.”

Os cismas não se fizeram esperar: Luteranos versus Anabatistas opunham-se entre si entre outras razões pelo batismo infantil, Zuinglio opunha-se a Lutero porque reconhecia a presença Real de Cristo na Eucaristia23, os sumos calvinistas foram incapazes de se pôr de acordo com os arminianos respeito a não poucos pontos da doutrina da graça e da predestinação.

A situação era realmente muito incômoda para os reformadores porque eles conheciam perfeitamente os textos bíblicos que condenavam as divisões e eram muito abundantes para serem ignorados. Sabiam que a Bíblia aponta que as divisões são uma “obra da carne” (Gálatas 5,19-20), e quem as produzem são “homens sarcásticos que vivem segundo suas paixões ímpias”. Numa carta que João Calvino escreve a Philipp Melanchthon, ele confessa:

É de grande importância que as divisões que subsistem entre nós não sejam conhecidas pelas gerações futuras, porque nada pode ser mais ridículo do que nós, que fomos obrigados a nos separar do mundo inteiro, tivermos tão mau acordo entre nós desde o início da Reforma.”24

Mas não apenas Calvino observava os desastres causados pelo seu próprio princípio, o resto dos reformadores também se queixavam de sofrê-los na própria pele. Lutero assim escreve a Zuinglio:

“Se o mundo durar muito, será novamente necessário, por causa das várias interpretações das Escrituras que agora circulam, para conservar a unidade da fé, receber os decretos dos concílios e refugiar-nos neles.”25

A queixa de Lutero aqui é bastante significativa, porque demonstra que ele se dava conta de que, ao derrubar a Tradição, não apenas abriu a porta para poder ele mesmo pregar suas doutrinas, mas também abriu para todas as heresias que a Igreja havia combatido ao longo da história. Doutrinas que ele mesmo reprovava e qualificava de heréticas teriam que voltar a ser combatidas indefinidamente dentro do seu próprio rebanho geração após geração, porque qualquer acordo que alcançassem não obrigaria seus sucessores, já que, afinal de contas, são “palavras de homens”. O mesmo germe do protestantismo faz com que continuem expostos a combater heresias que para os católicos já são uma questão resolvida há séculos.

Notas de rodapé

  1. A este respeito, o historiador Francisco Martín cita, entre outros, o Cardeal Reginaldo Pole nos tempos da reforma: “Por nossa causa desencadeou-se a tempestade”, ao célebre Erasmo de Roterdão: “Direi qual foi a fonte deste primeiro mal, a aberta e ímpia vida de alguns sacerdotes e o ar sombrio de alguns teólogos deu lugar a esta tempestade”. Opiniões na mesma via também de H.S. Denifle, Bossuet, etc.
    Francisco Martín Hernández, Historia de la Iglesia II. La Edad Moderna, Ediciones Palabra, 3ª Edição, Madrid 2005, p. 111-112.
  2. O mesmo Francisco Martín Hernández cita como exemplo Imbart de la Tour (Les Origines de la Réforme, Paris, 1905) entre outros. Da mesma opinião é o célebre Jaime Luciano Balmes, tal como explica na sua obra El protestantismo comparado con el catolicismo en sus relaciones con la civilización europea.
  3. Martín Lutero, Carta a Leão X, ano de 1530, Weimarer Ausgabe 7,43.
    Juan Luis Lorda, La gracia de Dios, Editorial Pelícano, Madrid 2004, p. 152.
  4. Weimarer Ausgabe Tischreden 3555, in 408.
    Sergio Fernández Larraín, Carlos V, Lutero y la Reforma Protestante, Biblioteca del Congreso Nacional, Homenaje Guillermo Feliu Cruz, Editorial Andrés Bello, Chile 1973, p. 298.
  5. Francisco Martín Hernández, Historia de la Iglesia II. La Edad Moderna, Ediciones Palabra, 3ª Edição, Madrid 2005, p. 113.
  6. Ibid.
  7. Weimarer Ausgabe Tischreden 6421, V, 654.
  8. Weimarer Ausgabe Tischreden 3550, III, 402.
  9. Para uma revisão profunda da pessoa de Lutero, sugere-se a obra em dois volumes de Ricardo García-Villoslada, intitulada Martín Lutero.
  10. Posteriormente, Lutero viria a dizer que o livre arbítrio é “pura mentira” e negá-lo-ia totalmente.
    Martín Lutero, De servo arbitrio.
  11. O Concílio de Trento rejeitou as teses protestantes, com as seguintes palavras: «Se alguém disser que a fé justificante não é outra coisa que a confiança e que essa confiança é o único com que nos justificamos, seja anátema» (DS 1562).
  12. Escreve assim Calvino: “Os Padres antigos seguiram excessivamente os filósofos. Quanto aos doutores da Igreja, embora não haja nenhum que não compreenda quão debilitada está a razão no homem por causa do pecado, e que a vontade se encontra sujeita a muitos maus impulsos da concupiscência, no entanto, a maior parte deles aceitou a opinião dos filósofos muito mais do que seria desejável”.
  13. “Pessoas pouco inteligentes, no entanto, em relação às palavras do Apóstolo: «pensamos que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei» pensaram que isso significa que a fé é suficiente para um homem, mesmo quando leva uma má vida, sem boas obras”
    Agostín de Hipona, Sobre a graça e o livre arbítrio. XVIII
    Traduzido de On Grace and Free Will XVIII, NPNF1 Vol V
  14. Jimmy Akin, Sola Scriptura and Private Judgment
    Disponível em https://jimmyakin.com/library/sola-scriptura-and-private-judgment
  15. Martín Lutero, De abroganda missa privada, Prefacio
    Roberto Manning, El camino más corto para quitar disputas en materia de religión, Imprenta Real, Madrid 1795, p. 158-159
  16. Weimarer Ausgabe Tischreden 141 I 62-63
  17. Weimarer Ausgabe 40,1 p. 130-131
    Traduzido de Ricardo García-Villoslada, Martín Lutero II, en lucha contra Roma, BAC, Segunda edición, Madrid 1976, p. 15
  18. Weimarer Ausgabe 17,2 p. 28
    Traduzido de Ricardo García-Villoslada, Martín Lutero II, en lucha contra Roma, BAC, Segunda edición, Madrid 1976, p. 14
  19. Weimarer Ausgabe 10,2 p. 184
    Traduzido de Ricardo García-Villoslada, Martín Lutero II, en lucha contra Roma, BAC, Segunda edición, Madrid 1976, p. 15
  20. Traduzido de Ricardo García-Villoslada, Martín Lutero II, en lucha contra Roma, BAC, Segunda edición, Madrid 1976, p. 14
  21. Weimarer Ausgabe 30,3 p. 470
    Ricardo García-Villoslada, Martín Lutero II, en lucha contra Roma, BAC, Segunda edición, Madrid 1976, p. 377
  22. Leónard E. G., Histoire genérale du protestantisme I, París 1961, p. 301 s
  23. Apesar de se reunirem para deliberar e chegar a um acordo no Colóquio de Marburgo em 1529, todo acordo foi impossível e as diferenças subsistem até hoje.
  24. João Calvino, Ep 141, Carta a Philipp Melanchthon
    O texto em inglês conforme aparece em Charles F. B. Allnatt, Which is the true church? or, a few plain reasons for joining the Roman Catholic communion, Ballantyne Press 1881, p. 58, diz: “It is of great importance that the divisions which subsist amongst us should not be known to future ages; for nothing can be more ridiculous than that we, who have been obliged to separate from the whole world (a toto mundo discessionem facere coacti sumus), should have agreed so ill among ourselves from the very beginning of the Reformation.”
  25. Martinho Lutero, Carta a Zwinglio
    Jaime Luciano Balmes, El protestantismo comparado con el catolicismo en sus relaciones con la civilización europea, Tomo I, Imprenta del Diario de Barcelona, Décima Edição, Barcelona 1921, p.
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